Pinacoteca
do Estado de São Paulo apresenta exposição com os mestres do modernismo, a
mostra ficará até 27 de dezembro de 2015,e conta com 50 quadros e esculturas
dos artistas desse movimento da segunda metade do século passado,Tarsila do
Amaral,Di Cavalcanti,Portinari e outros.
Tarsila
do Amaral
Nasceu
em Capivari, SP em 1886,uma das mais importantes representantes do movimento
modernista brasileiro.
Em
1928, ela presenteia Oswald de Andrade com o quadro Abaporu (1928) A
pintura estimula o escritor a fundar o movimento antropofágico. Neste
período, a geometria é abrandada. As formas crescem, tornam-se orgânicas e
adquirem características fantásticas, oníricas. Telas como O OVO”URUTU”(1928),
O SONO(1928) e A LUA(1928), compostas de figuras
selvagens e misteriosas, aproximam-na do surrealismo.
A
partir da década de 1930, a vida de Tarsila modifica-se bastante. No primeiro
ano da década separa-se de Oswald. Na mesma época, ocupa, por um curto
período, a direção da Pinacoteca do Estado. Viaja para a União Soviética no
ano seguinte e expõe em Moscou. A partir de 1933, seu trabalho ganha uma
aparência mais realista. Influenciada pela mobilização socialista, pinta
quadros como Operários (1933) e segunda classe(1933), preocupados com as
mazelas sociais.
Em
1935, muda-se para o Rio de Janeiro. Sua vida é atribulada. A artista tem uma
situação doméstica confusa, repleta de afazeres e afasta-se da pintura.
Ocupa-se da disputa de posse de sua fazenda e trabalha muito como ilustradora
e colunista na imprensa. A partir de 1936 colabora regularmente como cronista
no Diário de São Paulo, função que ocupará até os anos de 1950. Nessa
época, seus quadros ganham um modelado geométrico. As cores perdem a
homogeneidade e tornam-se mais porosas e misturadas. Em 1938, recupera a
propriedade, retorna à São Paulo e sua produção volta à regularidade.
Reaproxima-se de questões que animaram o período heróico do modernismo
brasileiro. A partir da segunda metade dos anos de 1940, as inquietações do
período pau-brasil e da antropofagia são reformuladas, os temas rurais voltam
de maneira simples. Em algumas telas, como PRAIA(1947) e PRIMAVERA(1946), as figuras agigantadas
evocam o período antropofágico, mas agora aparecem sob forma mais tradicional,
com passagens tonais de cor e modelado mais clássico.
Em
1950, é feita a primeira retrospectiva de seu trabalho, no MAM em São Paulo.
A exposição dá mais prestígio à artista, nela as pinturas da fase "neo
pau-brasil" são mostradas pela primeira vez. O retorno a temas nacionais
anima Tarsila a pintar dois murais de forte sentido patriótico. Em 1954,
termina procissão do santíssimo, encomendado para as comemorações do
IV Centenário da Cidade de São Paulo. Dois anos depois, entrega O batizado
de Macunaíma, para a Editora Martins. Em 1969, a crítica de arte Aracy
Amaral organiza duas importantes retrospectivas do trabalho de Tarsila. Uma
no MAC/USP e outra no MAM do Rio de Janeiro. As mostras consolidam sua
importância para a arte brasileira. Tarsila falece em São Paulo em 1973.
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